Férias, tempo de qualidade com a tribo.
De volta de umas mini-férias. Deram para tudo um pouco, coisa rara se pensarmos que andamos a correr grande parte das nossas vidas.
Com a tribo, consegui relaxar, jogar cartas, comer e beber, ao som de uma boa conversa ou, apenas, de um cómodo silêncio. Ouvia-se este som, o do silêncio, com uma persistência encantadora.
Há uns anos ficaria preocupada. Já não temos do que conversar? Mas, hoje percebo que quando nos juntamos em Lisboa, ao jantar sobretudo, há pressa em falar de tudo um pouco, de pôr a conversa em dia. Estes dias serviram para normalizar os nossos ritmos afectivos, sabendo que cada um tinha muito em que pensar. Deixá-lo estar, pois está com aquele olhar, ou não larga o livro porque tem sede de ler sem pressas, ou apenas está calado porque está esgotado de fingir que ouve, ou que se ouve.
Tempo de qualidade, este bem supremo e tão raro, esteve presente no litoral, junto às ondas, abraçado ao calor do tempo e adornado pelas risadas da tribo.