Viagens Aleluia
Eram dez horas e, como habitualmente, abriu a porta pelo intercomunicador à mesma senhora de sempre, à espera daquelas folhas com imagens que nunca conseguiu tocar de perto. Aliás, o marido já tinha afixado à entrada do prédio "Publicidade Não! " Mas, desta vez, aparecia um barco e as pessoas diziam adeus com tanta alegria... O que fazer? Não conseguia colocar aquele papel no caixote que tinha comprado na loja do Antonieta. Que fazer? Mais uma coisa para guardar na gaveta das guloseimas pessoais, bem perto do telefone e longe do Manuel. Ele não ligava, eram apenas coisas de mulher desocupada.... Nessa noite viajou em sonhos com a imagens da Agência Aleluia e acordou resoluta.