Aquele estranho rapaz...
Os seus grandes olhos diziam tudo. Queria conversar, apenas isso. Não garantia que se portasse melhor depois. Não garantia nada. Apenas que ia tentar, que seria corajso quando não conseguisse, e que falaria verdade em qualquer circunstância. Os adultos olhavam para ele, entre a complacência e a desconfiança, e fingiram acreditar naquele estranho e solitário rapaz.
A mãe, esboçou um sorriso, quase verdadeiro, e prometeu que falariam. Não hoje, pois ele tinha deveres e muitos trabalhos. Amanhã no seu dia de folga, quem sabe... O rapaz solitário e estranho, ou nem por isso, só carente, afirmou então que queria ir para casa da avó. Estava a ser corajoso, já falava verdade.