"Se os números fossem uma ciência exacta, nós portugueses estaríamos em ponto de rebuçado para fazer uma revolução nas ruas. Só 14% da população portuguesa está convencida de que vive num país próspero, segundo o estudo do instituto Gallup sobre "Bem-estar Global", que coloca o pessimismo dos portugueses ao nível dos habitantes da Tunísia ou da Líbia.
Vivemos na Europa dos ricos, usamos telemóveis de última geração, vamos de carro para o trabalho, viajamos nas férias da Páscoa, mas na hora de quantificar a nossa felicidade, sentimos que somos tão desafortunados como os que sobrevivem sem água potável na Serra Leoa, ou como os que vivem em média menos uma década do que nós, o caso do Usbequistão, com uma esperança de vida de 68 anos contra os 79 anos em Portugal.
Entre os 124 países, Portugal está no ranking dos últimos com as mais baixas expectativas sobre a sua qualidade de vida que tem agora e nos próximos cinco anos, partilhando a sua angústia com o Quirguizistão, Usbequistão, os territórios palestinianos, a Tunísia, a Líbia, a Hungria e a Serra Leoa. Atrás de nós, só a Nigéria, a Mauritânia, o Iraque ou o Iémen."
Mário Soares, fundador do PS e antigo primeiro-ministro que chamou o FMI em 1983, revela em entrevista ao jornal «I» que teve ultimamente «alguns encontros» com o líder do PSD «para estabelecer algumas pontes necessárias» e diz que Passos Coelho «é uma pessoa bem-intencionada com quem se pode falar».
Por isso, Soares admite ao «I» que lhe «custa compreender» que Sócrates e Passos Coelho não se entendam. «Tem talvez a ver também com o temperamento de cada um», diz, não querendo aprofundar o tema. «Acho, simplesmente, que é preciso que eles se entendam, em virtude do supremo interesse nacional».
De Passos Coelho, com quem tem «velhas relações», quando este militava na JSD e com quem tem tido «ultimamente alguns encontros, para estabelecer algumas pontes necessárias», diz então: «Acho que é uma pessoa com quem se pode falar e acho que é necessário falar com ele e, se possível, chegar a acordo. É o líder do segundo maior partido português. Acho que não são os partidos adversos que devem escolher os líderes dos outros partidos. Ser o PSD a escolher um outro líder do PS e dizer "não quero Sócrates", isso não faz qualquer sentido. Só fortalece Sócrates aos olhos dos militantes do PS. E se os militantes do PS disserem "não queremos Passos Coelho" só fortalecem Passos Coelho aos olhos do PSD».
E frisa mesmo que «em democracia não há inimigos, como nas ditaduras. Só há adversários, que podem ser, em muitos casos, amigos pessoais».
Soares diz que «há uma certa crispação na sociedade portuguesa, evidente, que é muito desagradável». «É preciso mudar o estilo, com os políticos, semana a semana, a agredirem-se, sem respeito mútuo, no parlamento. Há palavras que não devem ser ditas. Os eleitores apreciam o respeito dos políticos, uns pelos outros, entre partidos diferentes», defende.
Defende que «o Presidente da República devia ter intervindo e não o fez» para tentar agilizar um pacto entre o PSD e o Governo. Para Soares, Cavaco Silva «não pode ficar silencioso». «Penso que os dois principais partidos sabem disso. Evidentemente que se eles tivessem a sua bênção quanto a um entendimento seria fundamental. Tenho-me batido para que se consiga, um entendimento interpartidário, tentando convencer as pessoas com quem falo de que é indispensável conseguir esse entendimento».
Questionado se acredita que vai convencer Cavaco Silva, Soares afirmou não ter «essa pretensão». «Fiz-lhe um apelo, a dizer que era necessário um entendimento. Foi um apelo angustiado, como lhe chamei. Se não fizer nada, parece-me evidente que tudo fica mais difícil».
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O coelho da Páscoa apareceu e só se fala dele. Quase que o podemos sentir a bater à porta de todos os lares portugueses. A confirmar todos, todos os descontos de todas, todas as famílias portuguesas. Mais vale gastar já, porque mais tarde ou mais cedo cortam-nos os subsídios...talvez ainda não o de férias, mas o 13º já não vem...
Atenção às declarações do IRS: os SENHORES DO FMI vão ver uma por uma.
Atenção aos cartões de crédito: os SENHORES DO FMI ralharão com gastos supérfluos...
Enfim, CUIDADO porque eles andam aí...Mesmo que o BE. o PCP e alguém mais finja que o coelho não lhes bateu à porta.
Já agora, apesar desta dor, em forma de coelho, que nos assalta, olhemos para o Mourinho e para o Ronaldo e aproveitemos para sorrir de orgulho, sim?
Eu não posso estender este sorriso ao meu Sporting, por razões óbvias...
"Now he’s trying to figure out “Arnold 4.0,” the next big thing in his implausible journey from Austrian bodybuilder to action hero to American politician. There is no obvious master plan. “The great thing about my life is that whenever I was getting bored, something new always came up,” he says. “That’s unbelievable when you think about it. Just when I was saying, on Terminator 3, I think I should really move on—just at that time, there was the recall happening. Hello. It was the craziest thing.”
Newsweek online.
Fernando Nobre revela este sábado ao “Expresso” que se não “for eleito presidente da Assembleia da Republica” renuncia “imediatamente ao cargo” de deputado para o qual é proposto enquanto cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa. A escolha de Nobre é polémica no círculo político de Passos.
Fernando Nobre é candidato do PSD à presidência da Assembleia República
Chegámos ao momento do absurdo total? A Assembleia da República e a sua presidência são oferecidas a Fernando Nobre? Nobre o seu serviço na AMI, sem dúvida. Mas desde quando é que este trabalho de uma vida confere a um homem um lugar tão destacado nas nossas instituições políticas? Não percebo. Entendo a fome de votos de todos os partidos. É fácil. Entendo que Ferro Rodrigues volte depois de uma saída pouco clara. Entendo, por fim, que os partidos estão sem glamour, sem brilho, sem renovação. Fernando Nobre, um homem de percurso profissional relevante, mais parece um produto político pré-fabricado, forjado à pressão - mais um sintoma da crise profunda em que nos instalámos.